quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Governo/TO prepara capacitação para fortalecer cultivo de seringueiras


23/08/12 - 16:26 
Plantio de seringueira se tornou atividade extremamente rentável em todo o mundo
Governo/TO prepara capacitação para fortalecer cultivo de seringueirasA produção de seringueira para extração do látex é uma atividade produtiva em ascendência em todo o mundo. No Tocantins, o Governo Estadual, por meio da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário está estimulando a heveicultura com várias ações, dentre elas a “Capacitação Técnica em Florestas Plantadas”. O curso acontecerá entre os dias 27 e 31 de agosto, no auditório do ‘Serranos Hotel’, em Paraíso do Tocantins, região Central do Estado.

A capacitação, organizada pela Seagro e instituições parceiras, em primeiro módulo, está inserida no programa Polos de Produção de Seringal do Governo do Estado. Na ocasião, técnicos especializados estarão ministrando palestras voltadas para as práticas sustentáveis da seringueira. Toda a programação é voltada para a capacitação de técnicos da Seagro, do Ruraltins e de empresas de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural, que irão atuar como disseminadores das informações junto aos produtores.

Na programação da semana, constam palestras sobre: mercado da borracha natural; importância e vantagens da heveicultura; origem, taxonomia noções de morfologia e fisiologia; produção e comercialização de sementes e mudas; exigências de clima e solo e implantação do seringal, manejo e gestão; manejo, pragas e doenças. Além disso, os participantes poderão conhecer como elaborar projetos para o plantio do seringal.

Visita técnica

No último de dia da Capacitação, sexta-feira, dia 31, os participantes irão conhecer dois plantios de seringal da região de Paraíso. Nos locais, será mostrada a evolução dos produtores que plantam seringueira há alguns anos, além da prática de manejo adequado na heveicultura.

Parceiros

No evento, participam representantes da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, MAPA- Ministério da Agricultura, da Pecuária e Abastecimento, Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, Sebrae – Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas, Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e a APABOR – Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borrachas.

Seagro/TO
Autor: Elmiro de Deus

sábado, 9 de junho de 2012

Produções de milho e algodão são destaques da safra 2011/12 no TO


Produção de milho deve crescer 57% na safra 2011-2012, se comparado com a safra passada


Produções de milho e algodão são destaques da safra 2011/12 no TOA produção de grãos no Tocantins continua crescendo a cada ano. Na safra 2011/2012 devem ser colhidas 2.428,6 mil toneladas de grãos. Um aumento de 11,4%, em relação à safra 2010/2011, quando foram colhidas 2.179,2 mil toneladas. A área plantada com as principais culturas semeadas no Estado é de 742,21 mil hectares, variação positiva de 6,6%, se comparada à safra passada, de 696 mil ha. É o que confirma o nono levantamento, divulgado na quarta-feira, dia 06, pela Comissão Estadual de Levantamento de Informação Agrícola.De acordo com o levantamento, o crescimento mais expressivo de área é para o plantio de algodão, com 87,2%. O algodão sairá de 5,33 mil hectares da safra passada, para 9,98 mil hectares de área plantada nesta safra. Já a produção, deve crescer mais de 118,5% com previsão de colheita de 37,2 mil toneladas.

O milho safrinha, que no Tocantins tem se destacado pelo índice de produtividade, com quase 5 toneladas por hectare, também terá crescimento recorde nesta safra, o aumento será de 47,5% na área e, 57,5% na produção com relação a safra passada.As culturas pesquisadas obtiveram resultado positivo, com destaque para a soja de sequeiro, principal carro chefe na agricultura do Estado, com estimativa de crescimento de 12,1% na produção, com 1.255,2 mil toneladas. Na safra passada a área plantada foi de 367,9 mil e a previsão para a safra 2011/2012 é de 405,57 mil hectares, ou seja, crescimento de 10,2%.


Brasil


Com relação à produção total de grãos, o estudo aponta para uma quantidade de 161,23 milhões de toneladas, 1 % inferior à obtida na safra 2010/11, quando atingiu 162,80 milhões de t. Esse resultado representa uma redução de 1,57 milhão de t. A maior redução é observada na soja (- 8,96 milhões de t) e no arroz (- 1,98 milhão de t). O recuo se deve, principalmente, às condições climáticas não favoráveis, que afetaram mais as lavouras de milho e de soja, sobretudo nos estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Outro motivo desta diminuição foi a forte estiagem nos estados nordestinos, que causou perdas em todas as culturas.A estimativa total de área plantada é de 51,05 milhões de hectares, 2,4% maior que a cultivada na safra 2010/11, de 49,87 milhões de ha. Isto representa um aumento de 1,17 milhão de ha. Fonte: Conab


Autor: Lenna Borges

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prolongamento das chuvas no TO deve beneficiar bovinocultura de corte


Chuvas garantem rebrota do capim por mais um período, auxiliando o criador de gado na alimentação dos animais
Prolongamento das chuvas no TO deve beneficiar bovinocultura de corte
A prorrogação do período chuvoso, em algumas regiões do Tocantins, deve beneficiar uma das principais atividades econômicas do Estado, a bovinocultura de corte. De acordo com dados da Estação Climatológica de Palmas, nos cinco primeiros dias de junho já choveu 12,6 milímetros. No mesmo período, em 2011, não houve registro de chuva.

Para o coordenador de Desenvolvimento Animal da Seagro – Secretaria da Agricultura, da 
Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Cláudio Sayão, o prolongamento das chuvas não é ideal para todos os setores da agropecuária, mas para o sistema extensivo de criação de animais traz benefícios. “O principal problema dos bovinocultores neste período do ano é a escassez de alimentos, e o prolongamento das chuvas ajuda diretamente na rebrota do capim e na formação de pastos”, avaliou.

Uma grande vantagem do Tocantins é a grande incidência de luminosidade, que continua neste período do ano, como ressaltou Sayão. “Outras regiões do Brasil tem muita chuva neste período, mas elas vêm acompanhadas pelo frio e a escassez de luminosidade, que prejudicam o crescimento do capim e estes fenômenos [frio e escassez de luminosidade] não ocorrem no Estado”, lembrou o coordenador da Secretaria da Agricultura.

Cuidados com rebanho

O principal cuidado que o bovinocultor deve ter nesse período do ano é com a alimentação dos animais. Segundo Sayão, é preciso planejar ações no período chuvoso, para não faltar alimentos na estiagem. A vedação de pastagens, isto é, a separação de pastos para serem utilizados no período da seca, é uma das ações planejadas que podem ser adotadas pelos produtores.

Em meio ao período de escassez das chuvas é importante observar as condições dos pastos, isto é, se há oferta de alimentos para os animais e caso não haja, buscar a suplementação, através de concentrados, segundo avaliação do coordenador de Desenvolvimento Animal da Seagro.

Prolongamento das chuvas

Segundo dados da Estação Climatológica de Palmas, o período chuvoso do Tocantins inicia nos meses de setembro e outubro e finaliza no mês de maio. Contudo, alterações climáticas podem diminuir ou o prolongar a incidência das chuvas, como acontece este ano. De acordo com o meteorologista e professor da Unitins, Luiz Cabral, nos últimos 15 dias “um sistema atmosférico tem atuado na região Central do País, provocando mais umidade e chuvas”.

Contudo, estudos do meteorologista apontam para o fim do período nas próximas semanas. “Os modelos matemáticos indicam que as chuvas devem encerrar a partir do dia 10 de junho e a tendência natural é que retorne só em outubro”, afirmou Cabral.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pesquisadores conhecem nova tecnologia em Potássio


Pesquisadores conhecem nova tecnologia em Potássio
Maior produtora mundial de fertilizantes específicos, a TIMAC Agro reuniu a elite de pesquisadores técnicos e consultores em fertilidade de solos no País, para apresentar, em primeira mão, a tecnologia “K-UP”, um avanço científico que promete revolucionar o conceito de adubação com Potássio no Brasil e no mundo.
O encontro aconteceu na última semana em Curitiba e contou com a presença do presidente da Empresa no Brasil, Phelippe Vignon e do pesquisador responsável pelo desenvolvimento do projeto doutor José Maria Garcia-Mina. Reuniu 120 pesquisadores de instituições oficiais e privadas, além de consultores e técnicos ligados à área de fertilidade de solos que compõem um grupo seleto, denominado “Mestres do Campo”.
Solução para problemas universais do Potássio
Durante o encontro em Curitiba, o pesquisador doutor Garcia-Mina, apresentou detalhes dos estudos e pesquisas que levaram ao desenvolvimento da tecnologia K-UP, que estará sendo lançada comercialmente no segundo semestre deste ano. Segundo ele, a inovação criada nos centros de pesquisa e já patenteada pela TIMAC Agro resolve problemas comuns a agricultores das Américas e da Europa, que são ainda mais graves, quando a aplicação do potássio é feita no sulco, em linha.
A concentração do potássio no sulco provoca salinização e este processo inibe o desenvolvimento da raiz, reduz o crescimento da planta e em conseqüência, os níveis de produtividade. Outro problema é a lixiviação ou lavagem do potássio, especialmente em solos arenosos.
“Com este nova tecnologia, controlamos a salinidade e a lixiviação ou lavagem do potássio. Incorporamos também uma molécula natural que aumenta a assimilação de potássio pela planta”, resumiu.
‘Com a nova tecnologia reduzimos a níveis muito baixos essa toxicidade do potássio. Então esse é um ponto muito importante, e outro aspecto a destacar é a sua capacidade, de eliminar perdas por infiltração ou lixiviação. Perde-se muito potássio no solo por lavagem. A tecnologia também tem características que preservam o produto por mais tempo, tornando-o disponível para a planta. E para fechar o conceito K-UP comprovamos uma melhoria substancial na absorção, na tomada do potássio pela planta.
Resultados a campo
A exemplo da nova tecnologia de fósforo, recentemente incorporada ao TOP- PHOS, a TIMAC Agro norteia suas pesquisas a partir de demandas e avaliações dos agricultores e do grupo crítico de pesquisadores e técnicos, denominado “Mestres do Campo”.
O pesquisador doutor Heitor Cantarella, do Instituto Agronômico de Campinas foi quem coordenou a realização de avaliações e ensaios do TOP- PHOS a campo.
Agora, a avaliação da tecnologia K-UP, com o desenvolvimento de uma rede de ensaios a campo e em laboratórios, será coordenada pelo pesquisador e professor da USP, doutor Antonio Luiz Fancelli, da área de produção vegetal.
“Esta inovação vem realmente contribuir muito, para que possamos utilizar de forma eficiente o potássio, que é um elemento-chave para o aumento de produtividade das culturas e também com relação à qualidade da produção”, observa professor Fancelli, lembrando que a rede de ensaios vai contemplar os ambientes mais diversos possíveis por todo o Brasil e por países da América Latina.
“Com os melhores técnicos, melhores pesquisadores, nas mais diversas áreas, com certeza poderemos ter conhecimento efetivo dessa nova tecnologia e, conseqüentemente, o uso eficiente desse potássio para os agricultores contribuindo muito então para a agricultura”.de forma geral.
Expectativa otimista
Leandro Fukuda é agrônomo do GTACC, grupo que presta consultoria em citrus a 230 produtores que cultivam mais de 32 milhões de plantas em SP. Ele entende que a nova tecnologia pode viabilizar mudanças no manejo em citricultura. “A gente poderia talvez até estar aplicando potássio uma vez só ou em um ponto mais importante para planta, uma liberação mais constante como foi mostrado nas palestras. A expectativa é muito boa”, disse.
“Todos nós sabemos que um dos grandes problemas da agricultura, da fertilização de nossos solos, passa pelo potássio”, raciocina o pesquisador Edson Borges, diretor da Fundação Chapadão. 
Agrônomo e um dos mais respeitos consultores da região Sul do País, Modesto Félix Daga também contabiliza vantagens da tecnologia K-UP para soja, milho e trigo. “É extremamente importante e oportuna. Nós vamos conseguir concentrar o potássio na linha sem causar a salinização que impede o desenvolvimento radicular. Para a soja, para o trigo e para o milho, um período de liberação de potássio mais lento para a planta conforme a necessidade de consumo, absorvendo a tendência de consumo conforme a necessidade da planta e, consequentemente, um aumento da produtividade segura das três culturas”, conclui.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Silvicultura e biocombustíveis têm grande potencial de crescimento no TO


Silvicultura e biocombustíveis têm grande potencial de crescimento no TO
Viveiro de mudas de Eucalipto fortalecem a produção
O Tocantins tende a se tornar um dos principais produtores de energia a partir de fontes limpas, com avanço da silvicultura, do plantio de cana-de-açúcar e de oleaginosas (como a soja e amendoim) para a produção de biodiesel. Segundo levantamento realizado pela Seagro –Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, em 2011, o Estado já possuía 83 mil hectares de florestas plantadas e até 2017 essa área deve ser expandida para 795 mil hectares.

Atualmente, o plantio de florestas no Tocantins gera cerca de seis mil empregos diretos, numero que deve ser elevado para 60 mil até 2017. Segundo o secretário da Agricultura, Jaime Café, o Governo, através da Seagro, trabalha para organizar as informações relacionadas ao setor. “Acreditamos que nos próximos ano o Estado vai receber cada vez mais investimentos nesse setor [silvicultura]”, avaliou o secretário.

De acordo com o diretor de Agroenergia da Seagro, Luiz Eduardo Leal, a silvicultura é o setor do agronegócio tocantinense que apresenta o maior potencial de crescimento. “O Estado é um dos que mais cresce quando se fala em floresta plantada, porque temos clima e solo propícios, além de uma grande disponibilidade de áreas já desmatadas, que se encontram degradadas, que podem ser utilizadas pela silvicultura”, avaliou Luiz Eduardo.

Etanol
A produção de cana-de-açúcar no Tocantins ocupa atualmente uma área aproximada de 30 mil hectares, o que possibilita uma produção anual de 120 milhões de litros de etanol por ano. A região de Pedro Afonso abriga uma usina de Álcool e Açúcar da Bunge e por consequência a produção de cana do Estado concentra-se naquela região. Contudo, um zoneamento realizado pela Embrapa, em 2011, aponta que o Estado possui potencial para implantação de até 20 usinas e a utilização de uma área de 1.200 mil hectares de cana-de-açúcar.

Segundo o coordenador de Etanol da Seagro, Marcus André Ribeiro, nos últimos anos vem ocorrendo um deslocamento da expansão do plantio da cana-de-açúcar do Sudeste para as regiões Centro-oeste e Norte. “A cultura tem se adaptado muito bem nas terras tocantinenses apresentando uma produtividade até maior que média nacional, por isso esperamos um crescimento grande do setor para os próximos anos”, avaliou Marcus André.

Biodiesel

O cultivo de oleaginosas, sobretudo soja e amendoim, para produzir biodiesel também tem apresentado crescimento constante e a projeção é que nos próximos anos o Estado produza até 400 mil m³ de biodiesel – a produção atual é de 158 mil m³. O Tocantins conta com duas usinas de produção de biodiesel, a Biotins (Paraíso) e Brasilecodisel (Porto Nacional).
Autor: Valmir Araújo - Ascom/Seagro

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Agropecuária de Baixo Carbono - ABC


O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma das principais ações adotadas pelo governo federal para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Como incentivo à sua implementação, o governo vem aplicando uma política de incentivos que inclui, além de financiamento a produtores rurais, estudos técnicos e capacitações profissionais para facilitar a difusão de práticas de baixo impacto ambiental. A meta é deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de gás carbônico nos próximos 10 anos no Brasil.
O Tocantins é um dos pioneiros na divulgação dessas práticas. Há alguns anos, a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário vem implantando ações que incentivam no Estado a recuperação de pastagens degradadas, a produção de combustíveis alternativos e o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas, entre outras.
Para se ter a ideia da importância deste projeto em âmbito nacional, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima que, dos R$ 18 bilhões oferecidos como crédito rural no Plano Agrícola e Pecuário da safra atual, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC. Segundo técnicos do próprio Ministério, ao optar pela adoção de práticas sustentáveis (como a integração lavoura-pecuária-floresta, produção orgânica ou sistema agropecuário de produção integrada), o agricultor poderá obter o crédito a juros de 6,75% ao ano, com a possibilidade de chegar a 5,75%, caso desenvolva essas atividades em áreas degradadas.
Os dados apresentados nacionalmente revelam a importância do tema para a Agrotins, um evento agrotecnológico já consagrado, que repercute em toda a região amazônica. Pois, ao priorizar a Agropecuária de Baixo Carbono, o Tocantins e os demais estados da região Norte abrem espaço para novos negócios em mercados que valorizam a sustentabilidade, aumentam a rentabilidade dos agricultores e, o que é mais importante, preservam seus recursos ambientais.
Corombert Leão de Oliveira

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Código Florestal: metas e métodos


Código Florestal: metas e métodos
Toda a discussão sobre modificações no Código Florestal Brasileiro tem gerado mais calor que luz. A discussão tem sido, por vezes, parcial e superficial, sem refletir a realidade e a necessidade de nosso país e de nosso planeta. Afinal, qual o objetivo de um Código Florestal? Proteger o quê e para quem? Proteger de quem? Entendo que se procura preservar a água, o clima e, consequentemente, as espécies existentes e a biodiversidade. No entanto, o estabelecimento arbitrário de larguras para a mata ciliar e frações de propriedades agrícolas como previsto podem realmente ajudar na realização destes objetivos?
É extremamente simplista dizer que problemas pontuais da agricultura poderiam ser acomodados, assim como não se pode dizer que os produtores de arroz e uva do Rio Grande do Sul, os produtores de maçã de Santa Catarina, os produtores de leite e café de Minas Gerais, entre outros, se constituem numa minoria cujos interesses seriam atendidos pela mudança no atual Código Florestal. Por outro lado, levantar a bandeira da impunidade para justificar a manutenção do atual código é, no mínimo, irresponsável, uma vez que a legislação brasileira permitiu e mesmo incentivou o desmatamento nestas áreas.
Ora, de um lado temos que o próprio aquecimento atmosférico levará a perdas de 20% ou mais na produtividade agrícola brasileira, dependendo da espécie, com aumento do risco e custos, além do deslocamento da produção para o Sul do País. Assim, dizer que é possível aumentar a produção brasileira de alimentos sem grandes esforços e sem aumento da área cultivada não passa de falácia. 
Para a adequada conservação de áreas e espécies é necessário o levantamento de áreas representativas, tendo em conta sua vocação e capacidade de suporte, através de um zoneamento agro-ecológico. E então sim, preservá-las. Do ponto de vista de preservação das espécies, a existência de parques contínuos e corredores ecológicos é muito mais efetiva que fragmentos florestais deixados sem uso, muitas vezes em áreas sem água disponível. Os parques podem ser mantidos pela sociedade ou serem auto-financiados, como ocorre em outros países. Assim, a conta não cairia em apenas uma parcela da sociedade, como no caso, absurdo, do atual Código Florestal. As reservas florestais, no momento, não levam em conta a vocação da terra.

Por exemplo, as matas ciliares, margeando os cursos d’água, vêm sendo exaustivamente discutidas. Qual sua largura? Os valores existentes são completamente arbitrários, assim como os que vêm sendo propostos. Independentemente de seu tamanho, a mata ciliar terá sua eficiência na proteção da água muito afetada pela atividade praticada em seu entorno, seja urbana, seja agrícola. No caso da agricultura, simplesmente não se leva em conta a atividade executada no entorno da mata ciliar. Essa sugestão pode acomodar os objetivos de preservação e produção de alimentos, fibras e energia. Porque não vem sendo discutida?

Por Ciro Antonio Rosolem
*Professor Titular, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu, membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável - CCAS.

domingo, 25 de março de 2012

Nova raça bovina na pecuária brasileira

A Retinta é precoce e rústica, adequada para as regiões de clima árido
Os governos do Brasil e da Espanha assinaram acordo para introdução da raça Retinta no Brasil. Mil e quinhentas doses de sêmen de reprodutores da raça serão doados pelo governo espanhol para cruzamento com gado Nelore em Mato Grosso do Sul, Tocantins e Alagoas.

Em Tocantins as inseminações serão realizadas no Centro de Pesquisa do Estado. “A ideia é fazer o cruzamento com o Nelore e aliar as qualidades da raça espanhola, como precocidade e rusticidade, às características do gado que já está adaptado à região”, explica Jaime Café, secretário da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário do Estado, que participou da missão oficial que visitou a região da Extremadura, na Espanha, onde a raça é criada.

Segundo Café, o objetivo do cruzamento é estratégico, pois Tocantins pleiteia a habilitação de propriedades do Estado para fornecer a carne bovina que é exportada para países da União Europeia. “Assim poderemos oferecer carne bovina adaptada às características e exigências do consumidor europeu”, afirma.

A expectativa é que o resultado do cruzamento seja conhecido em até dois anos. “A raça é bastante precoce, em visita a abatedouros espanhóis, vimos carcaça de bezerros abatidos com menos de um ano e pesando 12,5@”, destaca.

Fonte: Portal DBO

quinta-feira, 8 de março de 2012

Exportação de carne bovina de Tocantins cresce 112%

O agronegócio é responsável por mais de 90% das exportações do Estado e cresce gradativamente, acompanhando a alta da produção. No mês de janeiro deste ano, o Tocantins teve um aumento de 112%, se comparado ao número exportado em janeiro de 2011. Foi enviado um total de US$ 13,7 milhões em produtos para outros países, sendo 99,9% em carne bovina, pouco mais de três mil toneladas. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio da Secretaria de Comércio Exterior.
Exportação de carne bovina de Tocantins cresce 112%
De acordo com o diretor de Sustentabilidade no Agronegócio, Corombert Leão de Oliveira, o número vem crescendo, principalmente na exportação de carne, porque no cenário mundial, vários países estão em processo de redução do rebanho, entre eles: Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai e Austrália. “Então o Brasil irá exportar carne por um longo período”, explica.


Ainda segundo Oliveira, em janeiro do ano passado houve uma queda nas exportações. Fato que foi se recuperando durante o ano. “Entretanto, se for comparar com os números dos três últimos meses de 2011, houve uma queda no balanço geral. O motivo é que estamos na entressafra da soja, principal produto de exportação do Tocantins. Já a carne bovina, que está em segundo lugar no ranking de produtos exportados, é comercializada durante todo o ano”, explica.

Balança Comercial 2011
O resultado da balança comercial em 2011 foi extremamente positivo já que as exportações cresceram mais de 41%, pulando de US$ 343 milhões em 2010 para US$ 486 milhões em 2011. O principal produto comercializado foi a soja, em grão ou triturada, responsável por US$ 351 milhões em 2011, seguida da carne e seus subprodutos com US$ 131 milhões, e das frutas com US$ 889 mil, que registrou um aumento de 84%. Em segundo lugar ficou a carne com 55% de crescimento, o menor aumento ficou com a soja que ainda registrou 36% de aumento.

Dados
Exportações                       Janeiro 2012                                     Janeiro 2011
                                           Valor UU$           Quilo                      Valor UU$        Quilo
Carne e Subprodutos        13.752.087            3.019.999              6.473.545        1.501.559
Produtos de Perfumaria     1.958                     232                              --                      --

Exportação de carne bovina de Tocantins cresce 112%

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Silvicultura: Geração de renda com sustentabilidade


O Tocantins é agropecuário por excelência. O que poucas pessoas sabem, é que a silvicultura, atividade nova no estado, tem encontrado aqui características extremamente favoráveis para seu desenvolvimento.
O secretário executivo da Aretins – Associação dos Reflorestadores do Tocantins, Bruno Cordiolli, explica que o Tocantins tem muitas aptidões, como áreas extensas de terra e topografia é mecanizável, favorecendo alto rendimento em plantio e facilitando a formação de sítios de reflorestamento bem localizados. “Isso é muito importante na questão de logística quando a questão industrial está envolvida, como na produção de celulose e carvão vegetal em larga escala”, disse.
Diante de tantos pontos positivos para a cultura, a expectativa dos silvicultores tocantinenses é plantar cerca de 600 mil hectares de área até 2016. Hoje a área cultivada fica em torno de 80 mil hectares, conforme levantamento feito em 2011.
Para auxiliar este processo de franca expansão, nos dias 20 e 21 de setembro, a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário vai realizar o Expo Florestas, no auditório da Associação Tocantinense dos Municípios, a ATM, em Palmas.

O evento, com mais de 15 palestras e atividades paralelas, pretende debater o potencial, as pesquisas, os custos e as demandas para a silvicultura no Estado.
“Durante os dois dias de eventos estaremos demonstrando para toda a comunidade a grande importância que o setor de florestas poderá provocar na economia do Tocantins”, disse o subsecretário de Energias Limpas, Ailton Araújo.
Para os que pretendem agarrar uma nova oportunidade de renda, os especialistas garantem que a rentabilidade da silvicultura não se equipara com de outras culturas. Fica muito acima. “Para se ter uma ideia, um hectare de seringueira, com o aproveitamento do látex e da madeira, em cinco anos o produtor pode tirar até R$ 10 mil de lucro líquido por ano”, explicou.
A expectativa é que 600 pessoas participem do Expo Florestas, entre empreendedores, estudantes e interessados no assunto. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no local do evento.
Andressa Figueiredo 

Modelos de Produção e Comércio de Abacaxi para o Mercado Interno e de Exportação